Pra que Esse Blog?!

Olá, se me perguntarem para que esse blog, talvez não terei uma resposta muito certa... a verdade é que por muitas vezes fico querendo escrever sobre mim, sobre o que penso, passo e gosto. Já ouvi muita gente falando da importância de um diário, sobretudo, de um diário escrito à mão... já tentei, juro. Aqui em casa deve ter uns três ou quatro cadernos e blocos destinados para isso, mas pergunta se consigo levar essa ideia pra frente... Não. Até começo empolgado, parando antes de ir dormir e escrevendo algo, mas ao final de três ou quatro dias, já estou cansado, com preguiça, sem ânimo ou ideia. As vezes, também tenho a sensação de que ter a letra mais bonita pode até servir de estímulo... já até comprei um caderno de caligrafia, mas se tiver escrito uma única folha foi muito. Bom, não sei para que serve, mas uma breve retomada de minhas tentativas pode fazer algum sentido, ou até mesmo, servir de conteúdo para o presente blog.

    Acredito que as primeiras tentativas de registrar minha vida em papel vieram numa época em que eu frenquentava essas palestras motivacionais... é, fiquei alguns anos naquilo de querer mudar minha vida... bom, mas em uma das palestras que participei o palestrante falou sobre o exercício das dez (acho que foi esse número mesmo) coisas pelas quais somos gratos, ocorridas ou pensadas naquele dia. Bom, acho que fiz uns três dias... não sei se por medo de repetir ou preguiça de pensar, desisti. Alguns anos depois ouvi de um neuro cientista, o Pedro Calabrez. (Bom, na medida do possível vou dar nomes aos bois), que a ciência testifica a importância da gratidão. Ele também sugeriu a prática de se anotar as coisas pelas quais somos gratos, mas chamou essas coisas de bênçãos, o que é mais bonito afinal, e diminuiu para três, o que facilitou as coisas mais ainda não me trouxe sucesso na execução... Depois comecei a escrever cartas para um motorista de ônibus que nem me conhece, mas que serviu (não o coisifico de forma alguma!) para eu relatar minha vida, mesmo que seja para alguém semiimaginario. Acho que escrevi umas três cartas: uma falando meio que me apresentando e outras duas falando de partes de minha vida aqui e na minha cidade natal (ordem inversa). Depois, ensaiei alguns escritos num caderno de umas 400 páginas (dez matérias), o que também se mostrou infrutífero. Escrevendo agora me lembro de que no intervalo entre assistir a essa primeira palestra e ouvir sobre a importância da gratidão, li um livro (A Estrela Mais Brilhante do Céu, eu acho) no qual uma das personagens tinha o hábito de escrever três bênçãos alcançadas durante o dia. Tenho a impressão de que autora passou próximo à mesma fonte que o Pedro Calabrez.

    Agora minha ideia é, não digo fazer um diário ideal, mas tentar, pela enésima vez (mentira, não foram tantas conforme dito acima), registrar algumas coisas da minha vida. Bom, eu até acho importante (segundo o que ouvi algumas pessoas falarem) escrever à mão, para, segundo ao que essas mesmas pessoas falaram, (inclusive o Pedro Calabrez), reter mais na memória e ter mais clareza de ideias, mas, devido a alguns motivos que explicarei depois, opto por escrever virtualmente mesmo. Sobre as cartas ao motorista, também as escrevi em arquivos do Word, mas uma coisa que comecei a pensar é que talvez se escrevesse na internet poderia render algum estímulo. Não vou expor minha vida por completo... não! Mas vou escrever algumas coisas aqui na pretenção de que alguém as leia algum dia. Mas não vou divulgar esse blog pra minguém. Vou tratar aqui como um quarto num corredor quase infinito, com a porta sempre aberta para que as pessoas entrem e me ouçam, pois acho que é isso que a internet é: um corredor quase infinito cheio de quartos com portas abertas por onde a gente passa... por que não ser mais exato... como um grande corredor de hotel, ainda mas que tudo fica hospedado aqui? Cada porta é o domínio de alguém. Acredito que na maioria das vezes a gente se dirige ás portas determinadas e as no meio do caminho olhamos para dentro de algum quarto onde não há o que estamos procurando, mas há algo que chama a atenção.

    Eu não gosto muito dessa ideia, bastante difundida aliás de misturar o real e o virtual, morro de medo, mas o objetivo aqui não é misturar minha vida aqui fora com aqui dento, mas é poder falar das coisas das quais possa até resgatar sem que seja preciso decifrar a minha letra cursiva.

    Antes de terminar por agora, cumpre dizer que tenho um outro blog, talvez menos intimista (e menos movimentado), e algumas coisas ditas lá podem vir para cá ou, o inverso. Talvez ninguém virá aqui, talvez nem eu mesmo volte, ou virei para conversar comigo mesmo (será um comigo virtual ou não?...), mas vamos tentar de novo.

Comentários